Olá amigos! Hoje vamos falar sobre uma das melhores histórias que eu li do Quarteto Fantástico em muto tempo. Aliás, essa fase é tão excelente, que serão necessárias duas matérias pra comentar a respeito. A primeira delas é Quarteto Fantástico - Inconcebível. Em seguida Quarteto Fantástico - Ações Autoritárias, nas bancas este mês, que é uma sequência direta da graphic novel anterior. Portanto, pra quem está afim de conhecer melhor a primeira família da Marvel antes do novo filme da Fox, leiam as duas HQs e confiram as matérias na sequência.
Bom, confesso não ser um grande fã dessa equipe, nunca fui. No entanto, ao ler essa história até me interessei em buscar outros números do título. Creio que muito disso se deva ao excelente roteiro de Mark Waid. O aclamado autor da fase mais elogiada do Demolidor desde Frank Miller, escreve uma história cheia de reviravoltas e momentos de tirar o fôlego. Formando uma equipe com Mike Wieringo e Casey Jones nos desenhos, arte-final e cores, dando vida aos personagens icônicos com destaque para o Doutor Destino, mais sinistro e ameaçador a cada quadro.
Na trama, após sucessivas derrotas para o Quarteto Fantástico, o soberano monarca de Latvéria decide usar contra a família fantástica algo além da compreensão de Reed Richards. Tendo provado em inúmeras vezes um intelecto que supera o de Victor von Doom na ciência, Richards e sua família são surpreendidos ao serem combatidos através de magia pelo seu pior adversário.
A ligação de Destino com o sobrenatural pode ser visto em várias histórias. Os melhores exemplos são Os Livros de Destino, que conta a biografia do vilão narrada através do seu próprio ponto de vista; e também Doutor Estranho & Doutor Destino - Trinfo e Tormento. Ambas histórias mostram a habilidade de Victor em manipular forças além da compreensão, talento herdado de sua mãe, que tem um papel fundamental na origem do vilão.
Com o plano mais diabólico já empreendido pelo nêmesis do Sr. Fantástico, Doom consegue de fato o inconcebível ao expor cada um dos heróis às piores torturas e o maior dos desesperos, quando o filho mais velho do casal, Franklin Richards é preso no Inferno, sob as garras de uma trindade demoníaca.
Começa então uma corrida desesperada para derrotar Destino, e reaver a liberdade e segurança do Quarteto Fantástico. É nesse ponto que surge a questão mais interessante da graphic novel. Para salvar sua família, Reed Richards, o Senhor Fantástico, famoso pelo raciocínio lógico e genialidade científica, precisa aceitar que existem forças que ele não compreende capazes de superar a razão.
Waid cria uma narrativa envolvente que, apesar da tensão causada pela sucessão de percalços que assola o Quarteto, deixa claro que o aspecto mais importante, que define e diferencia a equipe de todo o universo Marvel, é o fato de serem uma família. Há desde o desespero dos pais em resgatar seus filhos, até a relação de amizade envolvendo Reed e Johnny, seu cunhado, e até mesmo a cumplicidade entre Sue, Ben e os laços desenvolvidos entre o este e o pequeno Franklin Richards.
Com um desfecho surpreendente e marcante, Waid nos faz torcer, não só pelos heróis que devem vencer o vilão, mas pela família que precisa permanecer unida para superar seus traumas e dar suporte um ao outro. No entanto, as marcas deixadas na família e, principalmente em Reed Richards, vão culminar diretamente nos acontecimentos da sequência Ações Autoritárias, que consegue inclusive superar o conto que a antecede.
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